Efeito Pigmaleão: O que é e como isso impacta nossas expectativas

Tempo de leitura: 4 min

Efeito Pigmaleão e como isso pode afetar nosso resultado.

O Efeito Pigmaleão existe e foi comprovado cientificamente! Mas antes de falar sobre ele, vamos contextualizar um pouco…

Existe uma teoria de que se acreditarmos piamente em algo, podemos ter ou ser aquilo. É a ideia de ser antes do ter, pensamento positivo, essas coisas.

Mas isso você já conhece.

O que talvez você não saiba é que um contexto correto, pode fabricar pessoas de sucesso. Como assim?

Esse é o caso do que chamamos de Efeito Pigmaleão.

Então, Efeito Pigmaleão (também chamado efeito Rosenthal), é para os psicólogos, a ideia de que quanto maiores as expectativas que se têm relativamente a uma pessoa, melhor é o seu desempenho!

Para começar a entender isso, um pouco de história e filosofia

O poeta romano Ovídio, que viveu no início da era cristã, escreveu sobre o escultor Pigmaleão, que se apaixonou pela própria estátua e foi premiado pela deusa Vênus, que deu vida a ela.

Depois, o polemista e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw, escreveu sobre esse tema na peça Pigmaleão, posteriormente adaptada para o musical My Fair Lady, história de uma florista que se transforma em lady porque alguém a viu como tal, fazendo aflorar a lady que já existia dentro dela.

A questão é que com contexto e incentivos corretos, é possível fabricar uma pessoa de sucesso!

OBS: Sobre isso escrevi esse outros dois artigos, que podem te interessar:

–> Segredos da influência: o poder do Efeito contexto

–> Por que as pessoas incompetentes pensam que são maravilhosas

A ideia de incentivos do Efeito Pigmalião é tão forte que foi chamado de profecia autorrealizável por Robert Merton. Mas na verdade, talvez o primeiro a tratar desse assunto foi o psicólogo social Douglas McGregor na década de 60.

Em seu estudo McGregor mostrou que expectativa dos gerentes sobre seus empregados afetava o seu desempenho: quando o gerente esperava coisas positivas deles, essas tendiam a vir; quando tinham expectativas negativas, elas provavelmente também seriam confirmadas.

Em termos práticos, se alguém vê o outro como “difícil”, não-colaborador ou mesmo como “inimigo”, tende a agir como se o outro realmente fosse assim, levando-o a fechar-se para a colaboração e a tornar-se parecido com a imagem criada.

Portanto, segundo McGregor, quem tem expectativas ruins sobre os outros, não acredita neles ou não vê suas qualidades, costuma colher o pior dessas pessoas; já quem tem expectativas positivas, tende a obter o melhor de cada uma delas.

Banco de dados Unsplash

Como fazer crianças serem adultos de sucesso

Um outro estudo feito por Robert Rosenthal e Lenore Jacobson em 1968, numa escola primária na Califórnia, consistiu na aplicação de um teste de QI no início do ano.

Professores então foram reunidos e apresentados aos resultados de crianças que haviam conseguido grandes pontuações e garantindo que aqueles alunos cresceriam academicamente naquele ano. Os nomes das crianças só foi revelado aos professores.

No final do ano, todos os estudantes da escola fizeram o mesmo teste de QI utilizado no início do estudo. As crianças que haviam sido selecionadas como de alto QI no início do ano, tiveram realmente uma performance significativamente melhor.

A grande questão é que os pesquisadores haviam mentido sobre o resultado no início do ano e o nome dos alunos foi escolhido de forma aleatória.

Rosenthal e Jacobson chegaram a conclusão que ao aumentarem as notas dos referidos alunos, os professores mudaram a sua postura sobre eles, se tornando seus encorajadores, comprometidos com o aprendizado. A afetuosidade, cumplicidade, entusiasmo e confiança dos professores influenciou positivamente o desempenho deles.

Fantástico não?

Conclusão:

É possível fabricar uma pessoa bem-sucedida?

A resposta é SIM. E isso foi comprovado cientificamente.

O efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com ela, podem criar um alinhamento entre o que se espera e o que se obtém.

Isso mostra como a nossa realidade é dinâmica e como podemos criar contextos para favorecer o aumento da aprendizagem. De outra forma, devemos buscar também formas de tornar o aprendizado mais igualitário.

O Efeito Pigmaleão não exclui a responsabilidade da pessoa. Ele apenas deixa claro que contexto faz sim diferença.

Para saber um pouco mais sobre esse tema, assista o vídeo abaixo:

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Obrigado por ler! 🙂

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Referências para esse texto:

https://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1726

https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Pigmale%C3%A3o

https://amenteemaravilhosa.com.br/efeito-golem/

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2 Comentários

  • Sonia Soares disse:

    Vim aqui por indicação de um amigo. Excelente texto. Continue com o bom trabalho. Muito obrigada.

    1. Danilo Mota disse:

      Oi Sonia, obrigado por ler o texto e que bom que gostou. Quem foi que indicou aqui o blog, só pra eu saber?